Polícia Militar atinge marca de 800 prisões com Patrulha Maria da Penha

Com quase seis anos de atuação, a Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar do RJ chegou a 800 prisões, sendo a maioria por descumprimento de medida protetiva.

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Foto: GERJ

A Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, programa da Secretaria de Estado de Polícia Militar, atingiu a marca de 800 prisões realizadas desde sua criação, em agosto de 2019. O número foi alcançado na semana ada, com a prisão de um homem de 29 anos, flagrado por descumprir medida protetiva de urgência em favor de sua ex-companheira, no bairro de Maringá, em Belford Roxo.

A ocorrência foi registrada por policiais do núcleo da patrulha do 39º BPM (Belford Roxo). O perfil do agressor acompanha um padrão recorrente: homens que não aceitam o fim do relacionamento e am a ameaçar ex-companheiras. Também há registros de filhos usuários de drogas que agridem as mães para obter dinheiro.

Atualmente, 49 equipes da Patrulha Maria da Penha atuam em todo o território fluminense. Até o dia 15 de maio de 2025, o programa somava 366.678 atendimentos e 96.890 mulheres assistidas. Só nos primeiros meses deste ano, 77 prisões foram efetuadas.

“Os números da Patrulha Maria da Penha expressam o tamanho e a importância estratégica deste programa estratégico de segurança pública da nossa Corporação. Milhares de mulheres deixaram de sofrer violência ou até de serem assassinadas com a presença das nossas equipes”, afirmou o secretário da SEPM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.

A coordenadora do programa, major Bianca Ferreira, destacou o valor simbólico e prático da atuação das patrulhas. “Esses números são mais do que estatísticas. Representam a força da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, a confiança das vítimas no programa e o compromisso da Polícia Militar com a proteção da vida”, afirmou.

A medida protetiva de urgência, prevista na Lei Maria da Penha, é uma ferramenta legal expedida pela Justiça para proteger mulheres em situação de violência. “Ela pode determinar o afastamento do agressor, proibição de contato e obrigação de manter distância mínima. Descumpri-la é crime”, reforçou a major.

Segundo levantamento da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos (CAEs) da PM, 63% das prisões realizadas pela patrulha são por descumprimento de medida protetiva. Outros casos envolvem crimes de ameaça e foragidos da Justiça.

O perfil etário dos presos é concentrado nas faixas de 36 a 45 anos (31,65%), seguido de 26 a 35 anos (24,05%) e 46 a 55 anos (20,25%). A Baixada Fluminense lidera em número de ocorrências, com 32,91% das prisões, seguida pelo interior do estado (31,77%) e pela capital (25,32%).

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