Polícia Civil desmonta fraude milionária com vans e Bilhete Único Intermunicipal

Operação Caronte, da Polícia Civil, revela fraude milionária no Bilhete Único Intermunicipal com vans fantasmas e desvio de verbas entre a Baixada Fluminense e o Centro do Rio.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (27/05), a Operação Caronte, com foco em um esquema milionário de fraudes no Bilhete Único Intermunicipal, envolvendo permissionários de vans. A investigação, conduzida pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), aponta que os suspeitos simulavam viagens com veículos que sequer saíam da garagem, gerando prejuízos milionários aos cofres públicos.

De acordo com a polícia, os envolvidos utilizavam cartões RioCard e o sistema de bilhetagem eletrônica para registrar agens que nunca aconteceram, especialmente em linhas entre Guapimirim, Magé, Piabetá, Raiz da Serra e o Centro do Rio. Em um dos casos, foram computadas mais de 34 validações em apenas uma hora, em uma van com capacidade para 15 ageiros.

“Não vamos permitir que essas organizações criminosas se apropriem do dinheiro dos cidadãos”, declarou o governador Cláudio Castro.

Além dos nove mandados de busca e apreensão em residências e empresas, a operação conta com apoio do Detro, que fiscaliza suspeitas de uso de veículos roubados no transporte irregular de ageiros. A investigação também identificou lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e rees cruzados entre os próprios operadores.

“Mais uma vez, desarticulamos um esquema criminoso que vinha causando prejuízo ao estado”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Daniel Curi.

A apuração revelou que algumas linhas funcionavam como “fábricas de bilhetes falsos”, e que os valores fraudados alimentavam empresas de fachada e cooperativas ligadas aos investigados. Um dos líderes do grupo movimentou R$ 1,2 milhão em seis meses, com R$ 259 mil sacados em espécie.

As diligências buscam apreender documentos, mídias digitais, celulares, joias e veículos de alto valor, além de obter o a dados em nuvem e registros bancários. O inquérito contou com apoio técnico do Coaf e do LAB-LD, o laboratório da Polícia Civil para crimes financeiros.

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1 COMENTÁRIO

  1. Vans só serve pra enriquecer bandido. Deveria ser extinto ou inavelmente regulado.

    Eu detesto van. Prefiro mofar no ponto esperando o ônibus a pegar uma van.

    Antigamente a cidade inteira tinha ônibus pra tudo que é lado. Garotinho veio, se tornou um mecenas da milícia e as vans explodiram. Era van ilegal pra todo lado e os ônibus e linhas fartas aram a ser extintos.

    Uma lástima.

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