A inadimplência no pagamento de aluguéis no Rio de Janeiro deu um leve respiro em abril de 2025. De acordo com o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, o percentual caiu de 3,97% em março para 3,88% em abril — uma variação de 0,09 ponto percentual. Embora o número indique melhora, o Rio ainda apresenta um índice acima da média nacional, que ficou em 3,15% no mesmo período.
Na comparação com abril de 2024, a queda foi mais expressiva: eram 4,31% de inadimplência há um ano, o que representa uma retração de 0,43 ponto percentual.
Para o diretor de negócios da Superlógica, Manoel Gonçalves, “a oscilação registrada durante os primeiros meses do ano mostra que os brasileiros estão sentindo um cenário econômico desafiador, mas ainda assim, buscam se manter em dia com as contas que não param de chegar”. Ele alerta que o comportamento pode mudar, dependendo da inflação e das taxas de juros nos próximos meses.
O levantamento também traz o panorama regional. A região Sudeste — onde se inclui o Rio — teve inadimplência de 2,94%, enquanto o Sul apareceu com o melhor desempenho, com 2,50%. Já os maiores índices ficaram com o Nordeste (4,55%) e o Norte (4,45%).
Na divisão por tipo de imóvel, os apartamentos no Sudeste se mantiveram com uma taxa de 2,03%, abaixo da média nacional de 2,08%. Já as casas subiram de 3,34% para 3,41%, mas ainda ficaram abaixo da média do país, que foi de 3,48%. Os imóveis comerciais foram os que mais preocupam: a inadimplência ou de 3,87% para 4,08% — número que se aproxima da média nacional de 4,33%.
O recorte por faixas de valor também mostra um padrão curioso. Nos imóveis residenciais, a inadimplência mais alta está entre os aluguéis acima de R$ 13 mil (5,42%), enquanto a mais baixa é da faixa entre R$ 2 mil e R$ 5 mil (1,80%). Já nos comerciais, os aluguéis de até R$ 1 mil registraram o maior índice de inadimplência do país: 6,87%.
Mesmo com a leve melhora no Rio, o cenário ainda exige atenção — especialmente para quem atua no mercado imobiliário e precisa lidar com os impactos diretos da inadimplência sobre a rentabilidade dos imóveis locados.
