O Governo do Estado do Rio de Janeiro entregou nesta segunda-feira (19/05) 480 câmeras destinadas ao monitoramento da fauna silvestre nas unidades de conservação estaduais e municipais. O objetivo é aprimorar políticas públicas de preservação e atualizar a Lista da Fauna Ameaçada do estado, cuja última versão data de 1998.
A iniciativa faz parte do projeto Fauna Ameaçada, da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, conduzido pela Subsecretaria de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade. O governador Cláudio Castro destacou que a entrega das câmeras é essencial para a implementação de políticas mais eficazes na proteção das espécies.
“Com as câmeras e equipamentos de manejo, teremos dados mais precisos e atualizados, fundamentais para orientar políticas públicas eficazes e garantir a proteção das espécies ameaçadas. As medidas integram o Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade do Rio, que prevê ações para os próximos cinco anos”, declarou Castro.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ficará responsável pela distribuição e instalação das câmeras em locais estratégicos da Mata Atlântica. Além dos equipamentos de monitoramento visual, foram entregues materiais de manejo como caixas de transporte, puçás e pinções, que auxiliarão o trabalho dos guarda-parques estaduais.
Todos os municípios fluminenses serão beneficiados, incluindo importantes unidades estaduais, como o Parque Estadual Cunhambebe (Costa Verde), o Parque Estadual dos Três Picos (Região Serrana) e o Refúgio da Vida Silvestre do Médio Paraíba.
O secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, ressaltou a importância da atualização da lista estadual de espécies ameaçadas após quase três décadas de defasagem: “O novo levantamento é considerado essencial para orientar ações de preservação ambiental e acabarmos com os 27 anos de defasagem nos estudos”.
Atualmente, a Mata Atlântica no Rio abriga mais de 1.300 espécies de animais vertebrados, sendo aproximadamente 620 aves, 200 répteis, 280 anfíbios e 260 mamíferos, como a onça-parda e o mico-leão-dourado, ambos ameaçados de extinção.
A partir das informações coletadas, o governo estadual planeja publicar, em até dois anos, o Livro da Fauna Ameaçada no RJ, com o auxílio de empresa especializada selecionada por edital público. O material será fundamental para embasar ações futuras de preservação e recuperação ambiental.