O ex-governador do Rio, Wilson Witzel, revelou durante a Marcha dos Prefeitos, que recebeu um convite para disputar a Presidência da República nas eleições de 2026. A declaração foi feita nos bastidores do lançamento da Universidade da UBAN (União de Apoio aos Municípios Brasileiros), em Brasília.
Segundo entrevista concedida ao portal Última Hora, Witzel afirmou que pretende inicialmente concorrer novamente ao governo fluminense, mas classificou como “inusitado” o convite recebido durante o evento. “Ainda não posso me aprofundar, precisamos conversar mais”, disse ele, ao comentar que ficou surpreso com a proposta de retornar à cena política por cima, mirando o Planalto.
Estratégia nacional
Apesar da preferência declarada pelo Palácio Guanabara, Witzel demonstrou disposição para um salto maior, caso sinta que há espaço. Disse que deseja “retomar o trabalho iniciado no Rio” e, ao longo da conversa, buscou ligar sua saída do cargo a uma suposta retaliação por ter enfrentado interesses do crime organizado.
Lembrou que, em 2019, o estado teve uma redução de 20% nos homicídios e afirmou que, atualmente, os índices voltaram a subir. Classificou seu processo de impeachment como “uma injustiça” e “lamentável para a democracia brasileira”. Ao ser questionado sobre as acusações que motivaram sua cassação, destacou que “não responde a nenhuma ação de improbidade”.
Também mencionou que a deputada que assinou o processo — em referência a Lucinha, cassada e presa por envolvimento com milícias — teria atuado politicamente contra sua gestão. “A investigação sequer tinha denúncia”, frisou.
Previdência, pacto federativo e educação
Witzel defendeu uma reforma estrutural da previdência como forma de reduzir o déficit público e abrir espaço fiscal para reorganizar o pacto federativo. Para ele, o atual sistema exclui trabalhadores informais e penaliza os entes federativos. “Resolvendo o problema da previdência, você vai ter dinheiro em caixa para reestruturar o pacto”, disse, ao destacar que os municípios vivem as consequências da má distribuição de recursos.
Durante o evento, também detalhou o projeto da Universidade da UBAN, voltado ao ensino superior ível. O objetivo é oferecer cursos de graduação e pós-graduação a pessoas de baixa renda, com foco na formação técnica e prática. A iniciativa foi bem recebida por prefeitos que enfrentam dificuldades para ampliar o o à educação em suas cidades.
Witzel criticou o clima de radicalização no país e defendeu um debate político baseado em fundamentos, não em ideologias. “A política infelizmente é uma política destrutiva. Não se vê hoje o adversário como adversário, mas como inimigo. Precisamos acabar com essa cizânia no Brasil, direita contra esquerda é uma luta fratricida entre brasileiros”, declarou.
Primeiro governador a sofrer impeachment
Em abril de 2021, o ex-juiz foi afastado definitivamente ao ser condenado em processo de impeachment. Witzel se tornou o primeiro governador a ser afastado definitivamente do cargo por processo de impeachment na história do Brasil, desde que o país se tornou uma República.
Tio Wilson é doido mesmo… Vive numa realidade paralela. ???
Democracia é isso: tem espaço para (quase) todos. No nosso caso, uma democracia de capital depende e financeirizada.
O Witzel representa bem uma política de esquemas de quinto escalão e favorecimento de empresários como os crimes que ele cometeu bem diz. Além disso tem uma horda de falsos moralistas que amam o discurso fascistoide dele.
Na democracia brasileira esse tipo está com protagonismo nos últimos tempos. Lógico que ele tem espaço
Será que os bolsonaristas votaram mais uma vez neste corrupto?
Eles adoram!
Cara, eu sou de esquerda, não tinha absolutamente NADA contra o WW. Não adianta reclamar que o impeachment da Dilma foi golpe, que a Lava-Jata foi uma farsa, e aceitar o mau uso dos processos político-judiciais quando é contra alguém que a gente não gosta.
Sobre as bandeiras das quais citou “Previdência, pacto federativo e educação”, em específico a primeira, de fato a informalidade afeta, mas não só.
Outra reforma que aumente o tempo e a idade geral e para homens é afetar o trabalhador.
As pensões vitalicias, bem como o tempo e a idade de contribuição da mulher menor que do homem em 5 anos é que são maiores problemas.
Não se tem razoabilidade alguma pagar até o fim da vida pensao de jovem na condição de cônjuge ou de união estável com pessoa falecida quando se é capaz ativamente para o trabalho. Nem também a diferença de tempo de contribuição e idade de homens e mulheres quando estas não mais estão naquelas condições das gerações adas. Muitos países já igualaram, enquanto outro estabeleceram a redução paulatinamente de tempo em tempo até igualar.
Não tem talento nem para ser governador… Deveria desistir de ser eleito para um cargo no executivo. Melhor função desempenharia na Câmara propondo e discutindo mudança de leis. É preciso endurecer com criminosos.
Deixa ele se iludir!!!!
Pode ir … mas também que fique sentado esperando!!
Do jeito que a coisa vai, qualquer dias desses, o Marcola será convidado pra ser candidato a presidência da República.