A disputa pelo comando do Palácio Guanabara em 2026 acaba de ganhar mais um capítulo — e dos mais ruidosos. O ex-presidente Jair Bolsonaro entrou de vez no jogo sucessório fluminense ao dar seu aval para a candidatura do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil), em uma videochamada realizada na sexta-feira (23). Mas o gesto, longe de pacificar, aprofundou o já evidente racha na direita do estado. As informações são de Bela Megale/O Globo.
Na conversa, Bolsonaro fez duas ressalvas: avisou que retira o apoio se surgir qualquer fato que desabone Bacellar e exigiu o direito de indicar o candidato a vice na chapa. O nome mais cotado, segundo o próprio ex-presidente, é o do empresário Renato Araújo, que disputou a prefeitura de Angra dos Reis pelo PL em 2024, mas não se elegeu.
O apoio do capitão reformado à candidatura de Bacellar contraria parte expressiva da direita fluminense. O pastor Silas Malafaia, por exemplo, já afirmou que não pretende endossar o presidente da Alerj como adversário de Eduardo Paes (PSD) nas eleições de 2026. Seu nome preferido segue sendo o do ex-deputado e atual secretário estadual de Transporte, Washington Reis (MDB) — que, no entanto, está inelegível.
A Bolsonaro, Malafaia e outros aliados já deixaram claro: se Reis reverter sua inelegibilidade, esperam que o ex-presidente troque de candidato. E ele próprio, segundo relatos, estaria inclinado a fazer isso. Enquanto isso não ocorre, o apoio dado a Bacellar tem provocado irritação até dentro do PL do Rio, onde o clima é de insatisfação generalizada.
Apesar do alinhamento de lideranças como o senador Flávio Bolsonaro, o governador Cláudio Castro e o deputado federal Altineu Côrtes — presidente do PL no estado — ao nome de Bacellar, parte da bancada estadual e deputados federais próximos a Bolsonaro avisam que não pretendem fazer campanha para o atual presidente da Assembleia Legislativa.
O movimento escancara mais uma fissura no grupo que, até pouco tempo, tentava unificar o campo conservador fluminense em torno de uma candidatura única. Com Eduardo Paes já posicionado, o campo da direita ainda ensaia — em meio a vetos e resistências — quem de fato poderá enfrentá-lo nas urnas.
Quem diria, os mesmos que fazem a oposição pela oposição e atrasam a vida da cidade impedindo a Guarda Municial Armada…
São eles que deram um prêmio para o Vice de Castro no TCE? O mesmo vice que foi acusado de corrupção?
Agora, o toma lá dá cá escancarado mostra a que veio.
Poder pelo poder. A moralidade e a cidade ficam em segundo plano.