O que muda na orla do Rio: novas regras da Prefeitura entram em vigor em 31 de maio

Música, bandeiras, nomes de barracas e garrafas de vidro estão entre as 16 proibições nas praias do Rio com o novo decreto da Prefeitura

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o decreto é de autoria do vereador Flávio Valle e impõe um conjunto de 16 proibições — Foto: Alexandre Macieira

Publicada na última sexta-feira (16/05), uma nova medida da Prefeitura do Rio já começou a gerar polêmica antes mesmo de entrar em vigor. O decreto é de autoria do prefeito Eduardo Paes e impõe um conjunto de 16 proibições que am a valer a partir do dia 31 de maio, cobrindo os mais de 80 km de orla carioca — do Leme ao Pontal.

Neste domingo (19/05), fiscais já circulavam pelas praias orientando comerciantes sobre as novas regras. Em Copacabana, por exemplo, várias barracas tiveram que inverter as faixas com seus nomes — como “Barraca da Rose” ou “Barraca do Tonho”, por exemplo —, já que a nova legislação determina que os pontos em a ser identificados apenas por numeração. O hasteamento de bandeiras, bem populares na Zona Sul — um costume que há décadas organiza as areias com seus próprios códigos visuais —, também será proibido.

O que muda nas praias do Rio com o novo decreto?

Entre as medidas mais polêmicas estão a proibição de músicas (ao vivo ou mecânicas), bandeiras, e garrafas de vidro nas areias e no calçadão. O texto também veda a realização de festas, acampamentos para pernoite, cercadinhos com cadeiras delimitando espaço público e qualquer atividade esportiva ou recreativa sem autorização da prefeitura.

A decisão atinge diretamente a operação dos quiosques — principalmente os da concessionária Orla Rio, que istra mais de 300 unidades da Zona Sul ao Recreio. Segundo levantamento da própria empresa, 154 das 179 marcas com atuação nas praias mantêm programação musical regular. É o caso dos quiosques de Copacabana/Leme e de diversos pontos da Barra e do Recreio, onde ocorrem festas e raves (algumas sem autorização). Em nota, a Orla Rio repudiou o decreto: “Retirar a música ou restringir a experiência é apagar o que torna o Rio inesquecível. É silenciar a alma da orla”.

Em encontro com donos de quiosques e barraqueiras em Ipanema, o prefeito Eduardo Paes defendeu com firmeza o novo regramento. Disse que o decreto precisa ser até mais rigoroso e que está disposto a bancar a medida, mesmo em ano pré-eleitoral. “Me perdoem pela dureza, mas eu fiz questão de vir aqui para dizer: esse decreto é meu. Tem um monte de ajuste que eu acho que tem que fazer, porque ele está frouxo. […] Prefiro perder do que ser um prefeito incompetente, ter uma cidade esculhambada”, afirmou.

Além das regras sobre música e sinalização, o texto ainda proíbe a instalação de estruturas grandes, a venda de produtos sem autorização, a circulação de patinetes e ciclomotores no calçadão e até a fixação de objetos em árvores.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Só trouxas que não conseguem enxergar o propósito desse farizeu. Quer a qualquer custo o governo do Estado do Rio. Não Vai ser governador nunca….

  2. Rio de janeiro, cidade olímpica e da mobilidade como ele dizia. no entanto: trânsito um caos Máfia em tudo, guarda municipal inoperante onde realmente precisa, sem falar da saúde, mas… pra fazer parquinhos ele é bom, bancar espaço cultural que não serve pra po…a nenhuma ele também é bom. a máxima dele agora é desapropriar imóveis para reformar com dinheiro público, pra mim não a de um DITADOR “ELEITO”.

  3. Quero ver ser macho do saco roxo e mexer com os empresários de ônibus fazem no Rio de Janeiro o que querem motoristas mal educados furam sinais vermelho não param nos pontos deixando ageiros a migua andam parecendo stock car ônibus velhos… quero ver chegar na frente deles e dizer fiz e da frouxo ainda… o saco dele ainda não é tão roxo assim. Sem falar na guarda municipal esse então nem se fala uns cansados bastar ver ni final di dua engarrafamentos causados por motoristas que fechamos cruzamento mesmo em cima de faixas de cavaletes ficam só sentados nis carros com ar ligado e ni celuluar… ralvez tenham aprendido com a PM do Rio.

  4. Excelente! Mais um acerto do Paes.

    O RJ é uma desordem, mas vemos algumas iniciativas para que a ordem e controle seja realizado.

    Eu acredito que essas medidas vão tornar as praias mais agradáveis de frequentar. O problema é a Guarda Municipal fazer valer essas regras. Bando de omissos preguiçosos.

  5. DEMOCRACIA NÃO É SINÔNIMO DE BADERNA, ESCULHAMBAÇ?O, INDISCIPLINA E DESRESPEITO INDIVIDUAL E COLETIVO

    O decreto é tardio, contudo, pode iniciar a libertação do Rio de Janeiro da alcunha de “Cidade da Esculhambação e dos Puxadinhos”.
    Uma ‘Cidade Maravilhosa’ requer a preservação e cuidados com suas belezas e recursos naturais, meio-ambiente e ecossistemas, e ordenamento público urbano, suburbano e rural, com disciplinamento dos espaços públicos, regras no trânsito, de veículos e pessoas, e governança efetiva sobre os cidadãos e empresas que nela convivem, empreendem e/ou nela fazem turismo.
    É notória a bagunça, a indisciplina e o desrespeito que se espraia por toda a cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana do Estado Fluminense, onde cariocas e fluminense fazem escola e dão pós-graduações de desordem e esculacho para todo o Brasil e o Mundo.
    O crime organizado, e desorganizado, diante desse cenário carioca e fluminense, e numa conjuntura favorável a bagunça e a corrupção, fizeram do Rio de Janeiro a cidade preferencial da criminalidade diversificada.
    Bagunça, esculhambação e desrespeito não é Cultura a ser glorificada e preservada.
    A Educação precisa retornar e retomar o Rio de Janeiro, sob as bênçãos de todos os cidadãos e cidadãs de boas-vontades e civilizados.
    O decreto em questão deveria ser um modelo a ser seguido por todo o Estado do Rio de Janeiro, que francamente está inável à nossa sobrevivência civilizada e inviável para um desenvolvimento efetivamente ecossustentável, humanizado e justo.
    Que a ‘Cidade Maravilhosa’, e todas as cidades do Rio de Janeiro e do Brasil, possam oferecer bem-estar e qualidade de vida para seus cidadãos e turistas, e isso significa ter uma plena democracia popular sendo exercida e um poder público eleito exercendo efetivamente o governo.

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