Uma operação de grande impacto foi deflagrada nesta terça-feira (13/05) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da 60ª DP (Campos Elíseos), em parceria com o Ministério Público, através do Gaeco. A ação, batizada de “Operação Contenção”, resultou na prisão de 10 criminosos e na apreensão de 240 armas, sendo 60 de longo alcance, além de 43 mil munições e US$ 24 mil (R$ 135 mil) em espécie.
O principal objetivo foi desarticular uma quadrilha responsável pelo fornecimento de armas e drogas para o Comando Vermelho (CV), com atuação não só no Rio de Janeiro, mas também em São Paulo, Mato Grosso e Rondônia. O bloqueio de cerca de R$ 40 milhões em bens e valores de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo também foi solicitado.
“Hoje foi um dia simbólico para as nossas polícias, com atuação marcante dentro das áreas exploradas pelo tráfico, mas também no ‘asfalto’, em condomínios de luxo. Estamos acabando com as lideranças e também com as fontes de receita e de armas dos criminosos. Esse é um recado que fica para qualquer bandido do Rio de Janeiro”, afirmou o governador Cláudio Castro.
A investigação teve início após uma prisão em flagrante por tráfico, o que permitiu à polícia descobrir a complexa estrutura criminosa. O grupo movimentava até R$ 5 milhões mensais e atuava em comunidades da capital, como a Muzema, além de outros estados. Os criminosos presos incluem um armeiro, um lojista de armas e um homem com licença de CAC, todos envolvidos na venda ilegal de armamentos para a facção.
“Vimos hoje mais uma ação emblemática da ‘Operação Contenção’, que busca justamente conter essa política expansionista do CV na Zona Oeste. Identificamos e prendemos pessoas que avam despercebidas. Apreendemos armas em uma casa de luxo na Barra da Tijuca e prendemos um comerciante que desviava armas de uma loja legal para abastecer o crime”, explicou o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.
Os alvos vão responder por associação para o tráfico de drogas, porte ilegal de armas de uso , falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A operação buscou também sufocar financeiramente a organização, com expectativa de interromper a logística de armas e drogas para as lideranças do CV.
A ofensiva contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Exército Brasileiro, Homeland Security Investigations (EUA) e das Polícias Civis de São Paulo, Mato Grosso e Rondônia. As ações foram coordenadas pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE) e pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
